domingo, 20 de outubro de 2013

Retratos sob o grafite...

Artista não é ter jeito, É ter alma, é ser diferente, Único verdadeiramente. Artista não é ser conhecido, É viver a vida por um gosto, Por um sorriso, nem que seja só o seu… Artista não é superar os outros, É ganhar-se a si próprio e dizer: “preparado para mais uma luta”? Artista não é desistir, É lutar, Lutar para ganhar, É ter força Garra Vida Imensidão, É ter pouco e mesmo assim dizer muito, É ser especial para alguém, É dizer a coisa certa naquele momento.

São Paulo / Artes

Consolação ganha Gabinete do Desenho com exposições de obras em papel

Novo espaço dedicado ao desenho chega à São Paulo

Baile Popular, de Emiliano Di Cavalcanti
Baile Popular, de Emiliano Di Cavalcanti (Créditos: )
O bairro da Consolação, localizado na região central da cidade de São Paulo, ganha a partir das 11h mais um espaço cultural, o Gabinete do Desenho.
Instalado num casarão da década de 80, na Chácara Lane, o novo espaço vai ser dedicado a exposições de longa e curta duração de obras em papel. Ele chega para suprir a necessidade de um espaço adequado para a discussão e extroversão da Coleção de Arte da Cidade, em especial as obras que têm como linguagem o desenho.
Sob curadoria de Agnaldo Farias, a inauguração conta com duas exposições “Da Seção de Arte ao Prêmio Aquisição: a Gênese do Gabinete do Desenho” “Desenho Esquema Esboço Bosquejo Projeto Debuxo ou O Desenho Como Forma De Pensamento”, com obras de conceituados artistas modernos e contemporâneos, como Anna Bella Geiger, Antônio Bandeira,Emiliano Di Cavalcanti, Fernand Léger, Jac Leirner, Joan Miró, Lasar Segall, Marcelo Grassmann, Maria Bonomi, Nelson Leirner, Pedro Américo, Pierre-Auguste Renoir, Regina Silveira, Renina Katz, Rugendas, Tarsila do Amaral, Adrianne Gallinari, Carla Caffé, Daniel Senise e Edith Derdyk, entre outros.
A entrada é gratuita, o espaço fica na Rua da Consolação, 1024 e funciona de terça a domingo, das 9h às 18h.

Exposição "Lugares do Desenho"

Traços além do papel16/09/2013 | 19h39

 Abre nesta terça-feira em Porto Alegre

A mostra discute a técnica em cruzamento com outras linguagens da arte contemporânea

Exposição "Lugares do Desenho" abre nesta terça-feira em Porto Alegre Divulgação/Atelier d43
Fragmento de desenho feito a oito mãos pelos integrantes do Atelier D43Foto: Divulgação / Atelier d43
O desenho contemporâneo não se prende à tradicional folha de papel, pode ser figurativo, abstrato ou um pouco dos dois, pode ser feito a duas ou a centenas de mãos. É livre para habitar um vídeo, uma fotografia, um livro e deslizar da folha para a parede ou para o chão da galeria.
Com abertura hoje, às 19h, no Instituto de Artes (IA) da UFRGS, a exposiçãoLugares do Desenho quer demonstrar a versatilidade dessa linguagem. A mostra nasceu das investigações da artista, professora e pesquisadora do IA Teresa Poester e três de seus alunos: Alexandre Copês, Carlos Eduardo Galon e Kelvin Koubik. Eles fazem parte do Atelier D43, que, desde março do ano passado, desenvolve a pesquisaDesenho, Gesto e Pensamento: Procedimentos Gráficos e Outras Mídias. O visitante verá o resultado das suas experimentações e ainda o trabalho de artistas convidados, como a francesa Marianne Chanel, que vem ao Brasil pela primeira vez.
A exposição parte da vontade de abordar a mistura da linha traçada no papel com outros suportes usados em trabalhos artísticos ou de transportá-la para eles.
– Queremos pensar o desenho como algo mais amplo e também em cruzamento com outras artes, poder ter essa liberdade. O que é a arte contemporânea senão essa liberdade? – questiona Teresa, que é organizadora da mostra e apresenta uma gravura que é fotografada, ampliada e, depois, finalmente riscada.
Os 15 artistas reunidos têm em comum a vontade de discutir o lugar do desenho. Entre os nomes locais, estão Claudia Barbisan, expondo colagens, Lia Menna Barreto, com recortes, e Mauro Fuke, com uma simulação em computador. Gerson Reichert (1967 – 2012) é representado por desenhos e pinturas sobre material impresso. A Casa do Desenho, coletivo formado por Eduardo Haesbaert, Fábio Zimbres e Gelson Radaelli, ocupa vários metros da galeria com um trabalho feito especialmente para a mostra, enquanto Jaca traz, de São Paulo, obras inéditas. Vários participam com vídeos. É o caso do próprio D43, que exibe o processo de produção de um mural coletivo, de Marianne Chanel, com animação feita com barbantes, e de Nick Rands, que envia outra animação da Inglaterra, entre outros.
Amanhã, às 14h30min, Fernando Lindote, referência do desenho no Brasil, fará uma instalação in situ (obra realizada para determinado lugar e de modo específico para ele) – ele deve riscar o chão e as paredes com fita adesiva.

LUGARES DO DESENHO
Abertura nesta terça, às 19h. Visitação de 18 a 11 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h. Gratuito.
Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, no Instituto de Artes UFRGS (Senhor dos Passos, 248), em Porto Alegre.
A exposição: apresenta experimentações em desenho do Atelier D43 e de convidados como Claudia Barbisan, Lia Menna Barreto, Mauro Fuke, Gerson Reichert (1967 – 2012), Nick Rands, Jaca, Gelson Radaelli, Fábio Zimbres, Eduardo Haesbaert, Fernando Lindotte e a francesa Marianne Chanel.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013


Feira do Livro de Frankfurt – Brasil é o país homenageado

Da Agência EFE, da Rede Brasil Atual e da Deutsche Welle (Alemanha)
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A maior feira literária do mundo, a Feira de Livros de Frankfurt (ou Francoforte), foi aberta no dia 8 de outubro com o Brasil como país convidado de honra, com direito a pavilhão próprio e uma exposição especial.
A feira é gigantesca. Abriga vários pavilhões, cada um deles podendo conter facilmente uma Bienal do Livro do Rio de Janeiro ou de São Paulo. É uma feira voltada especialmente para o mercado editorial. As atividades, com mesas de debate, seminários, sobre uma variedade enorme de temas, começaram na quarta-feira, dia 9. Até o dia 10 de outubro, compareceram apenas escritores – cerca de mais de mil autores –, editores, livreiros e agentes literários – além da mídia.
Somente no sábado e no domingo, dias 12 e 13, a feira é aberta ao público. Paga-se ingresso (17 euros para um adulto). Espera-se no fim de semana a presença de 250 a 300 mil visitantes aos 7.300 expositores vindos de aproximadamente cem países, dispostos a apresentar novos títulos na capital financeira da Alemanha.
Mais de 7.300 expositores estão presentes na Feira do Livro de Frankfurt – o Brasil é o país homenageado na 65ª. edição da Feira do Livro alemã.
 
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A abertura foi concorridíssima, com o auditório enorme completamente lotado. Houve os discursos protocolares de boas vindas, pelo presidente da Associação de Editores e Livreiros da Alemanha, Gottfried Honnefelder; pelo diretor da Feira de Frankfurt, Jürgen Boos; pelo prefeito de Frankfurt, Peter Feldmann; e pelo ministro-presidente do Estado alemão de Hesse, Volker Bouffier.
Um dos temas muito debatidos da feira deste ano foi o destino do livro na era digital e virtual. Ninguém chegou a falar no aparentemente utópico “fim do livro”, mas sim nas grandes mudanças que o novo contexto digital traz para a escrita, a edição e a distribuição de livros, e também para o próprio gesto da leitura.
Outro tema privilegiado nesta edição do evento é a situação da infância e da juventude, não apenas em relação à leitura e aos livros, mas também frente aos desafios da violência, da guerra e do desemprego.
Luiz Rufatto: discurso-denúncia crítico em Frankfurt, encerrado com a crença no “papel transformador da literatura”.
 
–– Escritor critica desigualdade social e educação no Brasil ––
Na cerimônia de inauguração da Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha), da qual o Brasil é convidado de honra, o escritor Luiz Rufatto, em um discurso-denúncia, criticou o sistema educacional e o autoritarismo da história recente do país e disse que era difícil acabar com a divisão entre pobres e ricos.
Segundo Rufatto – que representou o grupo de escritores brasileiros convidados –, um em cada três brasileiros tem dificuldades para ler e entender textos simples e as elites “aproveitam a ignorância para assegurar seu poder”.
O autor brasileiro assinalou algumas melhoras em nosso país nos últimos anos, mas deixou claro que elas ainda não são suficientes para dizer-se que o país tenha “dobrado a esquina”, deixando para trás aqueles problemas. Centrou seu discurso na necessidade de reconhecer-se a “alteridade” sem abafá-la, e na necessidade de encarar a literatura como capaz de mudar os seres humanos, e portanto a sociedade.
“No país inteiro há somente uma livraria para cada 63 mil habitantes”, afirmou, destacando em seguida o “papel transformador da literatura”, que disse motivá-lo a escrever. Foi muito aplaudido ao final.
–– Ana Maria Machado: “Não venham procurar exotismo no Brasil” ––
A presidenta da Academia Brasileira de Letras, Ana Maria Machado, discursou em seguida, ressaltando a diversidade da cultura brasileira, e a dificuldade do Brasil em ser reconhecido como um “país também literário, de livros”, para além das imagens estereotipadas de selva, praias, futebol e Carnaval.
Ana Maria Machado deixou no ar o convite para que o público descubra a diversidade brasileira através do contato com a literatura “plural, múltipla e diversa, em que os regionalismos eventuais se esgueiram pelas frestas de um cosmopolitismo inesperado”. “Não venham procurar o exotismo e o pitoresco”, advertiu.
–– Guido Westerwelle: metas em comum nas Nações Unidas ––
Pelo governo alemão, falou o ministro de Assuntos Exteriores da República Federal da Alemanha, Guido Westerwelle. Deu a nota política do encontro. Falou também sobre a riqueza da literatura e da cultura brasileiras e elogiou o empenho de Rufatto. “A presença de tantos autores brasileiros aqui na cerimônia de abertura é uma prova do valor dado à cultura pelos brasileiros. E a cultura nos une”, disse Westerwelle. “O Brasil é um peso-pesado no setor cultural.”
O ministro alemão ressaltou que os contatos Brasil-Alemanha devem ir além dos apenas econômicos ou diplomáticos. Em sua fala, destacou a necessidade de as instituições políticas internacionais de hoje se adequarem ao presente, e deixarem de ser apenas reflexos do passado – no que parece ser uma alusão indireta ao empenho tanto alemão quanto brasileiro pela reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Elogiou o discurso da presidenta brasileira Dilma Rousseff na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas – ocorrido no dia 24 de setembro – pedindo um novo marco regulatório das atividades da Internet, e ressaltou que este também é o interesse da Alemanha. Assinalou que nem tudo o que é tecnicamente possível no espaço virtual é necessariamente legítimo, em alusão às táticas de espionagem denunciadas recentemente por Edward Snowden e Glenn Greenwald.
Da esq. para a dir.: o vice-presidente do Brasil, Michel Temer; o ministro-presidente do Estado alemão de Hesse, Volker Bouffier; e o ministro dos Assuntos Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle.
 
–– Confissão poética, vaias, caipirinha e pão de queijo ––
Encerrou a abertura o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, que evocou o 25º. aniversário da Constituição brasileira, que restaurou a democracia e o Estado de Direito no Brasil. E ressaltou as conquistas sociais e educacionais de programas como o Bolsa-Família, o Programa Universidade para Todos e outros do governo brasileiro.
O vice-presidente brasileiro deu um toque pessoal ao fim, falando que devia o hábito da leitura à sua professora primária em São Paulo, e que, apesar de jurista de formação, publicou recentemente um livro de poemas que, “se não recebeu elogios, também não recebeu críticas”.
Quando Michel Temer terminou seu discurso, um grupo pequeno de brasileiros, sentados ao fundo, ensaiou uma vaia – o que fez parecer um eco das grandes manifestações populares ocorridas no Brasil a partir de junho deste ano.
No pavilhão do Brasil em Frankfurt, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, discursou em clima de festa, ao som de música brasileira, regada a pão de queijo e caipirinha. “A feira traz apenas uma amostra de nossa maior riqueza: a cultura”, disse.
–– Gasto estatal brasileiro para a Feira de Frankfurt ––
Da esq. para a dir.: o diretor da Feira de Frankfurt, Jürgen Boos, e o presidente da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Renato Lessa.
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Para o Projeto Frankfurt, que abarca a Feira do Livro e a programação artística brasileira paralela ao evento, foram investidos 18,8 milhões de reais (6,37 milhões de euros) do governo do Brasil, através do Ministério da Cultura, do Ministério das Relações Exteriores – o Itamaraty –, da Câmara Brasileira de Livros e da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
Renato Lessa, que assumiu a presidência da Biblioteca Nacional em 2013, critica o modelo de financiamento atual para a Feira alemã, com somente fundos governamentais.
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“Vale o investimento na imagem do país, mas acho que o gasto pode ser mais bem distribuído, porque também é uma Feira de negócios, comercial. Temos um setor privado de editores muito robusto e acho que, no futuro, devemos adotar um modelo compartilhado entre Estado e setor privado.”
–– Brasil: país convidado de honra da 65ª Feira do Livro de Frankfurt ––
Renato Lessa destacou a Feira de Frankfurt como uma oportunidade de promover a cultura brasileira, mas disse que deve haver uma continuidade de políticas públicas nesse sentido, como o programa de bolsas para a tradução de autores brasileiros da Biblioteca Nacional e parcerias com museus.
Com 2.500 metros quadrados, o pavilhão foi concebido por Daniela Thomas e Felipe Tassara e construído todo em papel, com paredes sinuosas em homenagem a Oscar Niemeyer e aos demais grandes artistas do modernismo brasileiro. O objetivo do espaço é de mostrar um Brasil moderno e contemporâneo.
“Acho que se tem muito o estereótipo de que o Brasil é o país do samba, do futebol, é uma selva. Temos tudo isso sim, mas temos mais. Temos nossa arquitetura moderna, nossa contemporaneidade, nossa inventividade. O pavilhão e a programação tentam mostrar a produção contemporânea para além dos clichês”, afirmou o curador e coordenador do Projeto Frankfurt 2013, Antônio Martinelli.  :::
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• Feira do Livro de Frankfurt – República Federal da Alemanha (em alemão):
<http://www.buchmesse.de/ >
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–– Extraído da Agência EFE, da Rede Brasil Atual e da Deutsche Welle (Alemanha) ––

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Pesquise recursos do Auto Cad 2D e aumente o seu acervo técnico

Para você que está cursando o Auto Cad no Oberg Cursos de Desenho, é muito importante que pesquise os recursos existentes no Google e no You Tube para um melhor aproveitamento, agilizando a confecção dos seus projetos e desenhos.


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Dois desenhistas e cartunistas de peso...

Chico e Paulo Caruso estreiam novo espetáculo no Rio

  • O Papa Francisco é ‘alvo’ dos humoristas
O GLOBO (EMAIL)
Publicado:
Na mira. Cristina Kirchner, Papa Francisco e Joaquim Barbosa Foto: Divulgação/Mila Maluthy
Na mira. Cristina Kirchner, Papa Francisco e Joaquim Barbosa Divulgação/Mila Maluthy
RIO - Sem um pingo de dó nem de piedade, os gêmeos Paulo e Chico Caruso sobem este sábado ao palco do Bar do Tom, no Leblon, para “passar a mão na bunda dos poderosos”. E a lista de personalidades que serão bolinadas no espetáculo “Paparicando papas”, que começa às 22h, não é pequena. Além do próprio Pontífice, serão alvo da mais pura zombaria as presidentes Cristina Kirchner, da Argentina, e Dilma Rousseff; o presidente americano, Barack Obama; o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa; e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Isso só para citar alguns.
— Vamos começar recontando alguns acidentes recentes, como aquele provocado pelo comandante italiano do navio Costa Concórdia — conta, rindo, Chico Caruso, chargista do GLOBO, que, além do irmão, divide o palco com o Palhaço Dudu. — Depois vamos fazer uma paródia de uma música em inglês que se chama “Lula”. Veja só! Nela dizemos que o ex-presidente precisa convocar uma horda para defender os postes que elegeu.
Logo depois, Chico encarna Cristina Kirchner. Ele entra em cena arrastando um portunhol de primeira e diz que “adora papas” (batatas, em espanhol): “papas fritas, papas coradas e papas cozidas”.
— É nessa hora que a Cristina explica que, lá atrás, teve, sim, um problema com Jorge Bergoglio, mas que agora está tudo superado. Logo em seguida, ela solta a voz no tango “El día que me quieras”.
Então o Pontífice aparece e, num dueto com Cristina, se revela um pé de valsa, ou melhor, de tango. O casal cruza o palco de rostinho colado.
O espetáculo, que estreou ontem e ainda terá sessões na sexta-feira e no sábado da próxima semana, ainda conta com a participação de uma banda.
Paulo Caruso toca violão; Aroeira fica no sax; a bateria é de Nelson Pagani; e o contrabaixo, de Fernando Barros. Há dois violinos: o de Bruno Descaves e o de Claudia Bacelos.
— Descaves também vai levar sua marionete para revelar uma dupla sertaneja: Rui e Joaquim Barbosa — diz Chico.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/chico-paulo-caruso-estreiam-novo-espetaculo-no-rio-9334772#ixzz2hGX4phuS 
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Bienal do Livro em São Paulo - ZIRALDO


Ziraldo é o grande homenageado da 16ª Bienal Internacional do Livro


Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Com mais de 150 publicações que venderam um total superior a 8 milhões de exemplares, o escritor, ilustrador e cartunista Ziraldo Alves Pinto é o grande homenageado da edição deste ano da 16ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Nascido em Caratinga (MG), no dia 24 de outubro de 1932, o filho da costureira Zizinha e do guarda-livros Geraldo, dos quais herdou o nome, teve seu primeiro desenho - um tatu, feito aos 6 anos de idade - publicado na seção infantil doJornal de Minas, para felicidade dos pais.

Mais conhecido por suas obras voltadas ao público infantil, Ziraldo não se cansa de mencionar o carinho que recebe dos fãs de várias gerações em cada sessão de autógrafos, nas várias bienais das quais tem participado. Só nas dez últimas edições das bienais do Rio e de São Paulo, suas sessões de autógrafos receberam cerca de 1.500 pessoas cada. “A resposta é muito gratificante. É uma festa. O público para quem eu destino o meu trabalho é muito carinhoso comigo. E para quem gosta de carinho e tem essa carência gigantesca que eu tenho, isso é muito bom”.  
Mas, para quem pensa que o público infantil sempre foi seu alvo, Ziraldo revela que escrever para crianças não foi uma escolha. “Foi um acidente. Mas é bom, porque dura”. Segundo Ziraldo, “qualquer cara de 50 anos para baixo me abraça” e, quando o assunto é tempo decorrido, ele fala da saudade que tem da Turma do Pererê e do Menino Maluquinho, personagens criadas por ele há muitos anos.
Só o Menino Maluquinho já virou peça, filme e, inclusive, uma ópera, dirigida por Karen Acioly, com música de Ernani Aguiar. Das crianças atendidas pela organização não governamental União Cristâ Feminina (UCF), de Campinas (SP), que desenvolve o Projeto Ziraldo, ele ganhou  uma marionete que reproduz em miniatura o próprio Ziraldo e com o qual se diverte em seu estúdio, situado na Lagoa, bairro da zona sul do Rio. Ziraldo lamenta apenas que o seu “sósia” não seja “mais moreninho” como ele.
Sua primeira obra dedicada ao público infantil foi Flicts, publicada em 1969, que está completando este ano 44 anos de lançamento. O livro conta a história de uma cor rara, chamada Flicts, que sai pelo mundo procurando encontrar um amigo ou alguém que o aceite, pois se sente fraco e feio, sem a força do vermelho ou a paz que o azul transmite. O texto poético mostra às crianças que todas as cores transmitem sentimentos e emoções e que, mesmo diferente das demais, Flicts acabará encontrando o seu lugar no mundo.
Na 16ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro,  Ziraldo estará lançando, pela Editora Melhoramentos, cinco livros, dos quais ou é autor integral, coautor ou homenageado.  O Menino que Veio de Vênus, por exemplo, é o sexto livro de uma coleção de dez obras em que ele conta a história dos meninos dos planetas. O compromisso assumido é “lançar um livro novo a cada ano”, disse, sorrindo.
Outra novidade é a publicação Os Haicais do Menino Maluquinho, em que ele usa haikais, que são poemas japoneses de três linhas que valorizam a concisão e a objetividade, para expressar observações do seu mais famoso personagem, que é o Menino Maluquinho, sobre temas diversos, como a natureza, a família, os amigos. “É uma forma perfeita para retratar a poética. É um suspiro”, comentou.
Com a escritora Anna Muylaert, Ziraldo ilustrou dois livros que serão apresentados na Bienal do Rio 2013.  EmAdivinha Que Dia é Hoje, com textos adaptados por Anna, da série exibida na TV Brasil, Ziraldo retrata o Menino Maluquinho com 5 anos e 10 anos de idade, além da fase adulta. Tudo gira em torno do dia do aniversário do garoto. Já em O Menino Que Tinha uma Panela na Cabeça, a dupla formada por Anna Muylaert e Ziraldo procura contar como o garoto se tornou o conhecido Menino Maluquinho. Para saber se atingiram seu propósito, só lendo o livro.
No álbum de capa dura Os Homens Tristes, dedicado aos adultos, os colaboradores mais chegados de Ziraldo, que são o pintor Paulo Vieira e o roteirista Gustavo Luiz Ferreira, reuniram anotações e desenhos do cartunista, feitos ao longo de 60 anos de trabalho. A publicação tem prefácio do poeta Ferreira Gullar.
No Pavilhão Verde do Riocentro, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade, onde ocorrerá a Bienal do Rio, a filha do escritor, a cenógrafa Daniela Thomas, montou o Planeta Ziraldo, onde o público poderá interagir com o cartunista e ilustrador e tentar um autógrafo. Duas histórias em quadrinhos do autor serão lançadas também durante a Bienal pela Editora Globo, tendo como tema central as aventuras do Menino Maluquinho. São elasMaluquinho de Família e Maluquinho Pega na Mentira.
Os próximos projetos, adiantou Ziraldo, são terminar a série Meninos dos Planetas e “ocupar o espaço virtual com 64 anos de produção”. Ele já está começando a passar o conteúdo de suas publicações para as novas plataformas de linguagem que surgiram com as inovações tecnológicas. Em parceria com o também ilustrador e escritor infantil Maurício de Souza, ele ilustrou o livro O Reizinho do Castelo Perdido, que narra a história de um rei que, induzido por alguns súditos, acaba construindo um castelo no alto da colina e, com isso, se afasta do seu povo e das necessidades que ele apresenta.
Edição: Lana Cristina
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domingo, 6 de outubro de 2013

A Revista Mega Power e a Sua BD


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Hoje, inaugura-se um novo subtipo de artigo, dentro dos que se dedicam à banda desenhada disponibilizada nas bancas, nomeadamente às publicações não especializadas em BD que também a publicam.
Neste contexto, apresenta-se a revista Mega Power, autointitulada a revista n.º 1 para rapazes, tendo como público-alvo os meninos / rapazes entre os 5 e os 11 anos. Com uma tiragem de 12000 exemplares, esta revista mensal atingiu o n.º 40 com o lançamento de outubro, no passado dia 1. A título de curiosidade, eis o vídeo do lançamento da revista, realizado há 40 meses:
Os bedéfilos certamente repararam que em nenhum momento a nona arte é referida ao longo do vídeo. No entanto, desde o primeiro número que na barra superior da capa a BD é discretamente anunciada no canto superior direito. A estrutura da revista manteve-se fundamentalmente a mesma ao longo destes 40 meses, apesar de terem existido secções que desapareceram – por exemplo, os quebra-cabeças.
Numa revista onde personagens conhecidos do manga e dos comics estão frequentemente presentes devido aos posters e artigos sobre anime, desenhos animados norte-americanos, cinema e videojogos, que banda desenhada está afinal presente nesta revista da Goody? Se o leitor colocar como hipóteses BD baseadas em desenhos animados, comics norte-americanos ou manga, os mesmos estariam em plena consonância com a revista. Afinal, no número 39 figuravam, por exemplo, Percy JacksonR.I.P.D. ou Kingdom Hearts; e no número de outubro, os leitores encontram, entre outros, A Lenda de Zelda, Pokémon, Lego Marvel Super Heroes e Inazuma Eleven; e, para o próximo mês, está anunciado um artigo sobre o segundo filme de Thor e um dossier sobre os filmes com as várias personagens Marvel… Mas, na posse do dado de que apenas 4 páginas da revista contêm 3 séries de BD, certamente teria mais dificuldades em adivinhar a BD que a revista publica.
A verdade é que 2 das séries são… BD franco-belga. Se referi que nas revistas e livros nacionais de setembrode e sobre banda desenhada não foi publicada BD franco-belga, e que apenas nas revistas francesas importadas de e sobre BD foi possível ter acesso à mesma em revistas especializadas, a Mega Power é o exemplo de que a BD franco-belga é publicada mensalmente em Portugal, inclusivamente nos meses em que nenhum livro ou revista especializada o realiza. É verdade que nesta revista a mesma se reduz a duas pranchas (uma prancha para cada série). Mas também é verdade que marca presença e em idades bastante jovens.
Mas que séries são essas? Ambas as BD franco-belgas são originalmente publicadas pela editora francesa Bamboo Édition. Alguns álbuns desta editora têm sido publicados em Portugal, via Asa, seja BD dirigida aos mais novos, sem palavras (A minha 1ª BD – Capuchinho Vermelho / Branca de Neve), seja humorística (Os Campistas, Os Funcionários, Os Chuis, Os Bombeiros, Os Comerciais, Os Informáticos). A nível do humor, a BookTree também editou séries da Bamboo, como Vovô Motard, Os Profs ou Os Maluquinhos da Bola. As duas séries publicadas na Mega Power pertencem precisamente à BD humorística, autocontida em cada prancha.
Uma das séries denomina-se Os Insetos em Banda Desenhada e pode ser lido um extrato aqui em francês. Com arte de Cosby, o argumento é da autoria de Christophe Cazenove e François Vodarzaca. A BD alia o humor à componente informativa, com informações taxonómicas e outras consideradas relevantes relativas ao inseto abordado em cada uma das pranchas. Eis 3 vinhetas do gag publicado na Mega Power 40, denominada O Pirilampo:
pirilampo
A segunda série franco-belga é em tudo semelhante à anterior mas ao invés de serem abordados insetos, a BD versa os dinossauros. Os Dinossauros em Banda Desenhada tem como autores Arnaud Plumeri no argumento e Bloz na arte. Pode ser lido um extrato aqui em francês e/ou ver um vídeo de apresentação do 3.º tomo:
Eis 3 vinhetas da prancha publicada na Mega Power 40:
braquiossauro
A 3.ª série publicada tem direito a duas páginas e denomina-se Magias (Magic in a Minute), da autoria do prestidigitador cómico Mac King e do seu primo ilustrador Bill King. Esta tira cómica – da qual a Mega Powerpublica mensalmente 6 tiras – na verdade, tem como fim ensinar magia às crianças de uma forma fácil e visualmente apelativa, temperada com um pouco de humor, através da BD. Eis um exemplo de uma das tiras publicadas na Mega Power 40, cuja distribuição é realizada pela Universal Uclick (clique na imagem para aumentá-la):
megapower_22
É necessário, no entanto, sublinhar que a BD referida neste artigo refere-se à atualmente disponibilizada pela revista. Se fôssemos construir o historial da BD publicada pela Mega Power, certamente teríamos de nos referir a outras séries, como a BD belga Kid Paddle da autoria de Midam e colorida por Angèle, originalmente publicada pela Dupuis na revista Spirou.
No futuro, é minha intenção continua a apresentar nesta rubrica a BD mais escondida dos bedéfilos (isto é, publicada noutros locais que não em revistas temáticas de e/ou sobre a nona arte).
nota: a capa e a tira Magic in a Minute foram gentilmente cedidas pela editora, as quais se agradecem e ilustram o texto.